sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Comparação do olho a uma máquina fotográfica

 

Assim como a abertura de uma câmera ajusta-se automaticamente ao ambiente, a íris regula a entrada de luz no olho humano.

A capacidade única do cristalino, de se adaptar como uma lente variável, nos lembra as habilidades apresentadas nas câmeras fotográficas. Os músculos ciliares, responsáveis ​​pela acomodação, comparam-se aos sistemas automáticos de foco em equipamentos fotográficos.

Para que as imagens se tornem visíveis, os raios de luz atravessam a córnea, o humor aquoso, a pupila, o cristalino e o humor vítreo. Todos esses meios devem estar transparentes para que a luz possa passar por eles e chegar à retina, de onde são transmitidas ao cérebro através do nervo óptico.

  • O globo ocular – está localizado dentro de uma cavidade óssea chamada órbita.
  • Sobrancelhas, cílios e pálpebras – Anexos oculares que protegem os olhos contra partículas.
  • As pálpebras também têm como função a distribuição de lágrima, ocorrida durante o piscar.
  • A conjuntiva – é uma película vascular que recobre a esclera na porção visível, até a córnea. Também recobre a parte interna da pálpebras inferiores e superiores. 
  • Músculos extra-oculares – cada olho possui seis músculos extra-oculares, que possibilitam sua movimentação para os lados, para cima e para baixo. Quando os músculos funcionam, normalmente os olhos estão sempre mirando na mesma direção. Mas se a algum não funciona bem, ocorre o estrabismo ou algum problema motor.
  • Aparelho Lacrimal – a glândula lacrimal fabrica a maior parte da lágrima que lubrifica o olho. No canto interno da pálpebra (próximo ao nariz) existe um orifício e um canal que levam a lágrima para o nariz. A lágrima serve para limpar, facilitar o ato de piscar e nutrir o olho.
  • Córnea – é uma membrana transparente, localizada na frente da íris. Tem como funções permitir a entrada de raios de luz no olho e a formação de uma imagem nítida na retina. Seria como a lente da máquina fotográfica. Com um índice de 1,3375 e dioptria de até 44,00D.
  • Humor Aquoso – é um líquido transparente, que preenche o espaço entre a córnea e a íris. Sua principal função é a nutrição da córnea e do cristalino, além de regular a pressão interna do olho. Com índice de refração de 1,336.
  • Íris – disco colorido com um orifício central (chamado de Pupila) – menina dos olhos. Sua função é controlar a quantidade de luz que entra no olho, em ambiente com muita luz faz fechar a pupila; ambiente com pouca luz faz dilatar a pupila. Exerce a função idêntica ao diafragma de uma máquina fotográfica.

Se imaginássemos o olho como uma máquina fotográfica:




  • Cristalino – Aproximadamente biconvexo, em forma de lente, transparente, com um poder dióptrico de perto de +14,00 diop., localizado logo atrás da íris, entre a câmara anterior e a câmara posterior do olho.

A função principal do cristalino é permitir a visão nítida em todas as distâncias. Quando se olha para perto, o cristalino torna-se convergente, aumentando o seu poder de refração e quando se olha para longe, torna-se menos convergente, diminuindo seu poder dióptrico. Isso faz com que a visão seja nítida em todas as distâncias.

O cristalino é uma lente que, através da sua variação dióptrica, conhecida como acomodação, torna possível visão nítida, para perto, para longe e para todas as distâncias.

Esta acomodação diminui, à medida que os anos passam, até que surge a presbiopia.

  • Músculo Ciliar – Responsável pela acomodação do cristalino para foco em diferentes distâncias.  

Quem promove a acomodação, feita pelo cristalino, é o músculo ciliar, que o circunda, através de pequenos ligamentos ciliares.

  • Corpo Vítreo – É também conhecido como ” Humor Vítreo “. É uma substância totalmente transparente, semelhante ao humor aquoso, que preenche internamente o globo ocular, fazendo com que tome a forma aproximada de uma esfera, com a protuberância da córnea.
  • Esclerótica – Também conhecida como esclera. É o conhecido ” Branco do Olho ” e trata-se de uma camada que envolve externamente o globo ocular.
  • Coróide – Trata-se de uma membrana conjuntiva, localizada entre a esclerótica e a retina que liga o nervo óptico à ora serrata e nutre a retina. Quando observa-se a pupila, tem-se a impressão de ser ela preta mas é apenas a câmara posterior que é escurecida pela coróide, dando a falsa impressão da pupila ser preta.
  • Retina – É a camada que envolve internamente ¾ partes do globo ocular e tem papel importantíssimo na visão.

É composta de milhares de células sensíveis à luz, os Cones (pertinentes à visão a cores) e Bastonetes (são os que proporcionam a visão em preto e branco e visão noturna).

  • Fóvea Central – Fica localizada no fundo da retina, ligeiramente para o lado temporal e seu tamanho é de 3mm. de largura por 2mm. de altura.

É bem pequena e é onde há o encontro focal dos raios paralelos que penetram no olho. A fóvea é de suma importância para a visão pois a acuidade visual, nela obtida, e de 10/10 ou 20/20 (um inteiro), ou 100%, ou seja, a visão normal de uma pessoa emétrope.

Fora da fóvea a acuidade visual vai gradativamente perdendo a eficiência, à medida que a concentração de cones, vai reduzindo. Basicamente a fóvea é composta de três cones: um para a cor verde, outro para a amarela e outro para a vermelha.

  • Ponto cego: O ser humano tem um pequeno ponto cego no olho. Fica localizado no fundo da retina. Está situado ao lado da fóvea e é o ponto que liga a retina ao nervo óptico. Esse ponto é desprovido de visão.
  • Nervo óptico – É um grupo de fibras nervosas, de forma tubular, com algumas artérias, que conduz as imagens captadas pela retina e fóvea, para o córtex cerebral. Seu ponto de ligação com a retina é o ponto cego do olho.

Na comparação entre o olho humano e uma máquina fotográfica, surgem paralelos que ressaltam a complexidade de ambos os sistemas de captura visual.

A córnea, transparente como a lente da câmera, é o ponto inicial, enquanto a íris se comporta como o diafragma, ajusta-se com precisão para controlar a quantidade de luz que entra. O cristalino, adaptável e biconvexo, assemelha-se à lente ajustável de uma câmera, proporcionando visão nítida em diferentes distâncias.

Os músculos ciliares, que promovem acomodação, fazem os ajustes automáticos de foco, como em uma câmera moderna.

A retina, com seus bastonetes e cones, pode ser comparada ao sensor de uma câmera, capturando nuances de luz e cor para criar a imagem final. A fóvea, pequena mas poderosa, representa o ponto focal de máxima nitidez, semelhante ao ponto de foco seletivo de uma câmera.

Curiosamente, assim como a máquina fotográfica tem seu ponto cego em áreas não capturadas pela lente, o olho humano tem seu próprio ponto cego onde a retina se conecta ao nervo óptico.

Por fim, assim como o nervo óptico conduz as imagens ao cérebro, o fotógrafo, munido de sua câmera, busca transmitir sua visão ao espectador.

Nessa comparação, percebemos que tanto o olho humano quanto a máquina fotográfica, cada um à sua maneira, contribui para o registro e a avaliação do mundo que nos rodeia.

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